A VIDA SOCIAL DA MULHER – Maria Eduarda de Medeiros Lage
As mulheres dão mais importância a sua vida social, à sua imagem e à sua família, do que os homens, pois são nesses lugares que elas vão poder se provar como a mulher perfeita. A sociedade justifica esse comportamento da mulher como natural, assim como falam do instinto materno, sexualidade, entre outros.
A mulher busca muito a aprovação do outro, se importa muito com a visão do outro, um exemplo são nas redes sociais, no qual a fêmea adulta procura se arrumar, se embelezar para o outro.
Beauvoir no livro explica como a necessidade de se arrumar é na verdade algo que indica o nosso status de objeto sexual na sociedade. Portanto, para as mulheres se arrumar é um ato que restringe nossos movimentos, como exemplo salto alto, saias, o que a impede de realizar várias coisas. Visto que, nós buscamos a validação masculina, “se arrumar” é uma forma de fazê-lo, mas não por pura vontade e sim pois foi nos ensinado esses hábitos. Nos é ensinado a ser bonitas ao olhar do outro, e usar a justificativa de que fazemos isso por nós mesmas, é um mito, pois sempre estaremos em busca de uma aprovação, reproduzindo a feminilidade que foi nos ensinada. PARA AS MULHERES, A APARÊNCIA DIZ TUDO SOBRE ELAS.
Essa aparência tem que estar dentro de um padrão, normalmente imposto por homens e seguido por mulheres. E esse padrão tem que estar dentro da questão heteronormativa, cis e branca, ou seja, um padrão inalcançável, que é exigido pela sociedade. Já para os homens o que importa, e é essencial não é a beleza e sim sua prepotência, seu status.
Tem uma pressão da sociedade sobre as mulheres, no qual elas têm que apresentar beleza, o que é muito utilizado nos discursos de autoestima, que sempre dizem "ah mas todos os corpos são lindos”, mas se pararmos para pensar, por que ficamos clicando nessa tecla do bonito, se achar lindo e mostrar isso para o outro? Tudo isso se volta para a busca da famosa aprovação, que nos persegue toda a vida, além disso se afirmarmos que todos são bonitos, nenhum é, pois sempre vai existir um padrão. O homem já não precisa ser bonito, basta ser homem.
Com esse padrão, observamos que as mulheres têm medo de envelhecer e de não viver plenamente, deixando de se divertir e se privando das coisas.
Simone diz que a maioria das mulheres se sentem mais confortáveis quando estão com outras, pois não precisam fingir quem são. Além disso, essas amizades afirmam um universo comum entre elas, já que o universo masculino é tão hostil a elas.
Baseado no ep.40 do “Pessoal é Político”(https://open.spotify.com/episode/7Ks62gqvoVE9567no8XsOA?si=_2zQaqyUQK-N DjTN91JgMw&dl_branch=1) e no cap. 7 da parte 2 do livro “Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir.
Desenho feito por Lara Gabrielle Martins
PALAVRAS SEM CONSCIÊNCIA – Yohana Freitas
Quando criança sonhava em ser escritora e poder assim, passar o resto da minha vida conversando com o papel escolhendo palavras pomposas para enfeitar a vida dos meus personagens. E assim, imaginei inúmeras histórias com início, meio e fim. Porém, todas faltavam um toque cruel da beleza da realidade. Aparentemente, não basta palavras bonitas para se fazer um texto… e assim, a chama desse devaneio infantil foi se apagando por não ser forte o suficiente para lutar com o papel branco.
Apesar de todos esses anos lutando para esquecer essa lenda pessoal, ela continuou crescendo dentro de mim e ainda que, minha pequenez não me deixava encarar as folhas, aos poucos fui aprendendo que antes de dormir era o momento perfeito de soltar esse passarinho azul e deixá-lo conversar com meu coração suas mil e uma aventuras somente para mim. Meu delicioso segredo. E vem sendo assim, até o dia que obtive coragem das minhas musas e lancei meu primeiro texto no O Prisma. Que dia! Sempre lembrarei com alegria o dia que não escondi quem sou.
Porém, como nem tudo são flores, os primeiros empecilhos começam a surgir com essa edição. Oh céus, por que tenho síndrome de Poliana e não consigo escrever textos com temas duros? Por que enrolo meu leitor com essa escrita melancólica? Que Deus tenha misericórdia de mim e de você que ainda continua a ler esse texto sem pé e nem cabeça. Pois bem, agora irei direto ao ponto. Lá vamos nós…
O décimo primeiro mês do ano, pelo visto, foi o escolhido para carregar todas as dores da humanidade. Para começar, ele rima com assombro. Além disso, é carregado por um tempinho banhado de escuridão e tristeza pelos tempos e entes que não voltam mais e pela luta interminável de acabar com o racismo existente em nossas veias que ironicamente fica ainda pior nessa época do ano em detrimento da frase de um determinado ator.
O que quero dizer com tudo isso? Não sei… Um doce novembro que foge de mim assina o passado enquanto eu sinto o fim.
DESENHO FEITO POR VITOR EMANUEL 2°D
Kommentare